sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007


:: À SUA MANEIRA ::

De um jeito estonteante,
Aproximou-se à sua maneira.
Com um ar de quem escapa,
Como se não quisesse nada.

Foi emergindo, eu me envolvendo.
A nossa química nos aglutinou.
Transcendemos à luz do sexo,
Agora sei como se faz amor.

Dias assim são tão impróprios.
Estou aqui, não sei aonde.
Abro uma janela, o Sol te esconde
E vejo um céu tão desbotado.

Meio confuso, descompassado,
O meu relógio nunca me compreende.
Esse vazio de ser carente.
Esse meu estar tão descontente.

Não há notícias, somente esperas.
Quando é que você se importa?
Meu telefone está tão quente...
Eu te aguardo a qualquer hora.

Onipresente, remanescente.
Eu guardei um fio daquele pente.
Ouço seu riso no escuro.
Ter você me fez mais inseguro.

Há vários dias mudaram as luas,
Nenhuma notícia sua me renovou.
O que te preserva e te condiciona
Bem que poderia ser amor...

Que me distrai se não estou contigo.
Em sua pele mapeio o meu delírio.
Uma tatuagem que não cicatrizou,
Seu nome inflama na minhar dor.

E do seu jeito exuberante,
Foi partindo à madrugada,
Com seus olhos cor de opala,
Como alguém que não deseja nada.

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