quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007


:: FANTASIADO ::

Lá vem uma multidão em blocos,
Com suas cores e seus invólucros.
A orquestra é de encher os olhos.
Ponho uma máscara e me mostro.

Que rito é esse que lhes contagia?
Olhem a alegria da velha menina!
Vejam o rapaz com outro nos braços!
Tudo passa e todos se sabem.

Rodopiamos ao som de um trio.
Há serpentinas, há explosões
Saudando o brio do nosso riso
Numa avenida elétrica de ilusões.

Mãos para cima, me dá um beijo!
São velozes as cores nesses olhos.
Exagere a tinta no seu enredo
Enquanto apago esses meus modos.

Nosso estandarte é cor escalarte.
Ele é tão leve quando em comunhão...
Há tanta gente, aonde vão?
Vê se me carrega pela tua mão!

A curtos passos, sempre em frente.
A Gata samba seu ritmo adolescente,
Cachorro freva seu apelo inconseqüente,
Enquanto dançamos de um modo diferente...

O Pierrot chorou, Colombina se calou.
Quem se importa com essas heresias?
Por hoje, nem tempestade nos abafa!
Não vamos rasgar nossas fantasias.

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