terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
:: A ESFINGE ::
Aproxima-se dos limites incógnitos
Que se formaram noutro passado
Onde em luz opala sangrei
O código de um coração.
Seu pensamento sob céu suave
Evola-se sobre alto monte
Protegido de respostas simples,
Encantado de adivinhações.
Sabedoria é o seu mistério.
Que nome daria ao meu coração?
Que não entende o que dissimula
Nos músculos da escuridão.
Sua verdade é a sua adaga.
Seus olhos mar de leões
Que me corrompe nessa madrugada
Naufragada de escuridão.
O sorriso que omiti, agora
Goteja em mina de ilusões
Luzindo dores olímpicas
À maneira das constelações.
Meus sonhos nas suas asas.
Nos céus fecharam os portões.
Eu sei que é um seu feitiço...
Na luz da fresta da solidão.
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