sábado, 7 de abril de 2007


:: COBAIA ::

Sem se importar com suas convicções,
Meus nervos se exaltam condoídos
À procura de regalo nas emoções
Que os seus têm desconstruído.

Comparada com o fardo do seu estado,
Minha ânsia se confunde com desespero.
Falta-me uma medida de realidade.
Estou sempre revivendo o nosso enredo.

Eu vigio seus horizontes virtuais.
Medito na espera dos seus impulsos.
Outro dia mudei o meu itinerário
Apenas para estar em seu percurso.

Inseguro, eu simulo um ar esnobe.
Finjo mil vezes que não me interesso.
E você nem sequer se comove!
Pois basta um sorriso... eu regresso.

Quando há um encontro acidental,
É impressionante como você se comporta!
Invejo a sua incrível capacidade
De me atravessar como uma porta.

Eu que me julgava experiente!
A quantidade não me legou sabedoria.
Hoje sinto a mediocridade de almas
Que simularam a minha alegria.

Aprendizado igual a esse nunca se esquece.
Você é minha condição extraordinária.
Eu que premeditava ser o seu mestre...
Acabei me transformando em sua cobaia.