:: OFF-ROAD ::
Eu parti em busca de novas aventuras.
Percorrendo cidades, estradas, ruas.
Desbravando caminhos insondáveis
Sob domínio dos meus sentimentos.
Conheci um rapaz, assim como eu,
Onde em seu íntimo havia o mesmo intento.
Com seu dedo em riste, cabelos ao vento,
Apontou-me em direção ao peito e disse:
- Não é fantástica essa incrível coincidência?
O meu trajeto termina onde o seu se inicia.
Amigo, siga em frente por essas colinas...
Se o meu amor encontrar, diga-lhe que resisti!
Sacudi os meus ombros em reclusão.
Segui adiante, sem rotas, sem noção.
Encontrei um viajante bastante experiente
Que me aconselhou, parecia contente:
- Meu bom rapaz, não se esqueça de acentuar
Quais os limites que poderão te desviar
Caso o caminho não se mostre por inteiro
E suas escolhas deságüem num atoleiro...
Um tanto alerta, prossegui pelas paragens.
O sol se pondo remetia a certas miragens...
As lágrimas da noite também ardem!
Ultrajado, resolvi recolher as fogueiras.
Eu mergulhei na imensidão de uma campina,
Os insetos me costuravam, tão velozes...
Um pio, tão triste, ecoava dos bosques
Onde muitos se perderam das suas rotas.
Na lagoa, as folhas tremiam ignotas
Enquanto eu naufragava naquelas águas.
Meu corpo inteiro gemia na minha mágoa
Porém, a alma mostrou-se estar em forma.
Outro dia despontava no escuro em prontidão.
No meu rastro, a noite mergulhada em seu ventre.
Acabei por ouvir uma outra voz, estridente,
Que da janela ouvia-se sem interferências:
- Não é incrível essa estranha coincidência?
O meu trajeto termina onde finda o seu!
Amigo, retorne ao que te pertence...
Lá, adiante, há uma dor que extermina!
Antevi meus limites, era o fim da estrada.
Fugir não era uma honrosa façanha.
Aqueci meu motor para uma nova guinada,
Resgatando-me assim de profunda lama.
domingo, 22 de abril de 2007
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