sábado, 14 de abril de 2007
:: CADAFALSO ::
Escrevi sobre as memórias infindas
Dos complexos romances postergados.
Eu imaginei a tristeza das meninas.
Senti os desejos desmoronados.
Conjuguei os verbos dos meninos
Refletindo suas emoções imperfeitas.
Desferi sobre o abandono nas esquinas
Onde as juras quase todas são desfeitas.
Tremi ao retratar uma jovem mão
Sinalizar sozinha num frio cortante.
Eu deduzi a cor de uma paixão
Em escrupulosos vestígios românticos.
Desejei nesses tempos instantâneos
A chance de deter essas sentenças.
Buscando um jeito mais apropriado
De te livrar das minhas reticências.
Nesse esforço da criação poética,
Eu fracassei na nossa experiência...
Ainda que o perfume dos meus versos
Inspire o meu amor nas suas crenças.
Agora ganham um estranho sentido.
De repente, vejo-me num cadafalso.
Minha poesia arde em teu último juízo
Que me condena aos versos que faço.
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