A gente acorda a qualquer momento.
Não importa o que se tem suportado.
Se sono de abismo ou firmamento sonhado.
O tempo. A luz. Abre-se a janela.
O dia irrompe em linhas paralelas
Na distância cingida pela luz e o pó.
É assim para a aranha que tece um nó
Na teia que o pardal aniquilará
Quando no galho pousar após um voo feliz.
É assim para a folha que se cala no poço
Ausente da flor de aparência tão doce
Mas que o colibri poderá desprezar.
Será preciso coragem além dos muros invisíveis.
Com audácia, o caminho será antecipado.
Somos de uma substância imprescindível.
Aos olhos, que não temem os calendários,
Algo bem nosso será despertado
Do êxtase velado dos visionários.
3 comentários:
Tenho andado com um olho aberto, outro fechado, um fita, o outro evita... por medo de algo tão grande. Seria eu mesmo essa grandeza? como conviver com meu auto-endeusamento? minha modéstia seria falsa? Estou quase pronta... preparando as pernas para correr ou para não tremer. Bem que eu disconfiava que já estavas por lá...
o amigo escreve com tanta sabedoria...
muito me identifiquei com a situação narrada. seu poema é encorajador!
ficarei atenta aos despertares da vida!
k.k.
Parabéns, Artista!
Abraço
Lau
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