domingo, 11 de março de 2007


:: VILANIAS ::

Quando a razão faz de nós dois oponentes,
Quando transformo você em meu alvo,
Minhas ressalvas soam tão inconseqüentes,
Eu me entrego a esse poema acidental.

O gosto nos lábios tem caráter inconstante.
Nós construímos mil enigmas sentimentais.
O que é acaso não distrai como antes.
Os nossos pares são deslizes amorais.

Nesse meu jeito há uma dor lancinante...
Na tua sombra prevejo uma cor mordaz.
E se um encontro se estabelece inebriante,
Os nossos corpos se intumescem como rivais.

O teu desejo me descontraiu, era proibido!
Também aos outros você fingiu intensamente?
Eu me iludi no véu das suas vilanias.
Na perspicácia do seu olhar irreverente.

Quando a mágoa fez de mim um combatente,
Eu resolvi dos seus abraços me libertar...
Você sorriu na travessia do meu sentimento.
Agora vive nesses versos a se vingar.

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